O que fazer com a área do Daer?

Opinião

Mateus Souza

Mateus Souza

Jornalista. Coluna com foco nos bairros de Lajeado, seus problemas e soluções. Aborda também assuntos referentes à política regional e mobilidade urbana.

O que fazer com a área do Daer?

Já am quatro anos desde o início das tratativas que resultaram na incorporação da área do Departamento Autônomo das Estradas de Rodagem (Daer) por parte do município. O imóvel, antes pertencente ao Estado, foi envolvido em uma ousada – e polêmica – permuta, onde o governo de Lajeado ficou responsável por executar a ampliação da ERS-130.

Pois bem. A obra, apesar dos atrasos e aditivos contratuais, foi finalizada. O Daer mudou-se para uma nova sede – também construída pelo município – no bairro Campestre. E o valioso terreno localizado no coração do Centro da cidade ficou desocupado no fim de 2024. Seis meses se aram, mas sua destinação ainda é incerta.

Na quarta-feira, em entrevista à Rádio A Hora, a prefeita Gláucia Schumacher deu algumas pistas do que pode ser feito. Desde a campanha eleitoral, ela defende um “uso misto”, destinando parte do imóvel para criação de espaços ou instalação de equipamentos públicos. O restante ficaria com a iniciativa privada.

Foto: arquivo ahora

A medida, no entanto, não é definitiva. E, certamente, o desejo de Gláucia não é unânime dentro do próprio governo. Até por isso, ela deve contratar um estudo para indicar a melhor forma de aproveitar aquele amplo e imponente espaço. Certo, mesmo, só o fato de que o município precisa de autorização legislativa para vender a área (ou parte dela). E isso não é algo tão simples quanto parece…

ALIÁS

Quando o processo de permuta ou a ser discutido, surgiram diversas especulações na cidade. Uma delas era de que a área do Daer ficaria com uma construtora. Por óbvio, não ou de boato. De todo modo, a câmara se antecipou e aprovou lei condicionando a venda do imóvel à conclusão das obras na ERS-130 e também a uma nova autorização legislativa.

Foto: Mateus Souza

O fato é que todos esperam uma solução definitiva (e rápida) para o local. Afinal, é deprimente ar em frente a um espaço antes pujante e que agora está fechado, com visíveis sinais de abandono. É uma área grande demais para ficar “parada”. Ainda mais numa cidade como Lajeado.

Antes de bater o martelo, o município também deve ouvir a comunidade. Estamos falando de um espaço público, um bem de todos. As pessoas e entidades também podem (e devem) opinar e participar desse processo.

Das ruas

  • Os governos de Lajeado e Arroio do Meio não desistiram de tentar mudar o local da nova ponte de concreto sobre o Rio Forqueta. O governo federal já havia rejeitado a possibilidade de levar a estrutura para onde estava a Ponte do Exército, por se tratar de uma obra de reconstrução. Mas os gestores municipais vão fazer uma “última tentativa”;
  • Impressiona a grandiosidade do novo prédio da Escola Municipal Dom Pedro I. A obra ainda não está pronta, é verdade, mas as imagens aéreas dão conta da imponência do futuro equipamento público. Um investimento merecido e necessário para a comunidade escolar. Afinal, o Jardim do Cedro hoje é um dos maiores bairros de Lajeado, e segue em plena expansão;
  • Tenho acompanhado pouco as sessões da câmara de Lajeado nesta nova legislatura. Mas, ao ler as colunas dos colegas Rodrigo Martini e Henrique Pedersini, fico preocupado. Não são poucas as situações onde vereadores “aram do ponto” em seus discursos. Talvez porque confiam demais na imunidade parlamentar…

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