As vendas de ovos ao exterior, tanto processados como in natura, bateram recorde em maio e chegaram pela primeira vez ao volume de 5,3 mil toneladas. De acordo com relatório da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o número supera em 295,8% o total embarcado no mesmo período do ano ado. As altas são lideradas pelos EUA que, apesar da crise sanitária no setor avícola no Brasil, continuam aumentando as compras para abastecer o mercado interno.
Segundo a entidade, a receita dos embarques em maio acumulou alta de 356,2%, com US$ 13,7 milhões, frente os US$ 3 milhões na mesma época do ano ado. Nos primeiros cinco meses deste ano, as exportações totalizaram 18,3 mil toneladas – 165,6% maior em relação ao igual período de 2024.
Principal destino dos ovos brasileiros, os embarques aos Estados Unidos cresceram 996% nos primeiros cinco meses deste ano, totalizando 9,7 mil toneladas. O país não adotou restrições ao Brasil, pois a crise sanitária no território norte-americano é maior. Surtos de gripe aviária dizimaram mais de 170 milhões de galinhas desde 2022.
Em seguida, os maiores compradores são o Chile, com 2,3 mil toneladas (+10,8%), Emirados Árabes Unidos, com 1,4 mil toneladas (-13,8%), Japão, com 1,4 mil toneladas e México, com 1 tonelada.
O presidente da ABPA, Ricardo Santin, ressalta que o setor de ovos tem acumulado forte alta nas exportações em meio a uma reconfiguração do fluxo de embarques, mesmo com as suspensões decorrentes do foco pontual de Influenza Aviária. Isto, avalia, comprova a confiança dos mercados na biosseguridade brasileira.
Contagem regressiva
Sem registrar novos casos de gripe aviária em granjas comerciais, segue a contagem regressiva para o fim do vazio sanitário no Brasil, iniciado após a desinfecção da granja em Montenegro. O período se encerra da próxima semana e, a partir do dia 18 de junho, o mercado poderá retomar parcerias com mais de 40 países que promoveram restrições.
