Trigo: maior importação em 24 anos

Mercado de grãos

Trigo: maior importação em 24 anos

Compras até maio somaram 3 mi de toneladas. Semeadura avança no RS com previsão de redução nas áreas

Trigo: maior importação em 24 anos
Semeadura, atrasada pelo excesso de umidade nas lavouras, começou em maio na região e se estende em julho (Foto: Estevão Heisler)

O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) emitiu relatório, na manhã desta terça-feira, no qual aponta que as importações brasileiras de trigo atingiram o maior volume desde 2001. Os dados entre janeiro e maio indicam a soma parcial de 3,092 milhões de toneladas.

De acordo com o Cepea, o avanço na disponibilidade de trigo da Argentina nos últimos dois anos favoreceu as compras brasileiras. Neste fluxo, pesquisadores avaliam que os moinhos nacionais seguem com estoques satisfatórios, sem necessidade de aquisições intensas neste período de entressafra brasileira.

Produtores, por sua vez, estão com as atenções voltadas às atividades de campo para a nova temporada.

Quanto aos preços, levantamentos do Cepea mostram que as cotações do trigo em grão seguem pressionadas desde abril, quando atingiram os maiores valores do ano. A liquidez continua baixa, com negociações de lotes pontuais.

Áreas em semeadura

Os altos custos de produção, as instabilidades climáticas e a insegurança quanto aos preços fazem com que produtores brasileiros arrisquem menos com a cultura que está em semeadura e deve ter redução na área total. O plantio, segundo a Emater/RS-Ascar, enfrenta desafios significativos nesta safra devido ao excesso de umidade no solo e as chuvas intensas que atrasam o avanço das máquinas nas lavouras.

Apesar disto, as áreas já semeadas apresentam desenvolvimento vegetativo satisfatório, mantendo expectativas de produtividade dentro dos parâmetros. Os plantios seguem em julho e, como ocorre atraso na largada, possivelmente a soja, próxima cultura do calendário, também deve iniciar mais tarde.

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