Para toda ação, uma consequência

Opinião

Luciane E. Ferreira

Luciane E. Ferreira

Jornalista

Para toda ação, uma consequência

“Crianças brasileiras nascidas em 2020 viverão, em média, 6,8 vezes mais ondas de calor e 2,8 vezes mais inundações e perdas de safra ao longo da vida do que as nascidas em 1960”. O dado é do relatório “A Primeira Infância no Centro da Crise Climática”, publicado pelo Núcleo Ciência pela Infância (NI).” A notícia publicada na Agência Brasil destaca que o estudo tem como base informações do Observatório de Clima e Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que apontam uma escalada contínua dos eventos naturais extremos no Brasil. Os registros aumentaram de 1.779, em 2015, para 6.772, em 2023.

Crianças com a até 6 anos – primeira infância – estão mais propensas a impactos na saúde, nutrição e aprendizado, uma vez que já estão expostas a ondas de calor, poluição do ar, falta de saneamento, etc.

As crianças até seis anos também são as mais atingidas quando ocorre o deslocamento forçado pelos extremos climáticos, como no Rio Grande do Sul em 2024, quando 580 mil pessoas foram desalojadas e mais de 3.930 crianças de até 5 anos foram deslocadas para abrigos públicos. Situação que ocorreu também no Vale do Taquari.

Segundo os pesquisadores, em 2024, os eventos naturais extremos levaram à suspensão de aulas de 1,18 milhão de crianças e adolescentes. Apenas no RS, foram perdidas 55.749 horas-aula por causa das enchentes e enxurradas, diz o estudo.

Esses impactos da crise climática na fase primeira infância podem comprometer capacidades físicas, cognitivas e emocionais por toda a vida e trazer consequências como maior exposição a doenças, deficit cognitivo e acadêmico, instabilidade econômica, insegurança alimentar, perda de moradia e deslocamentos forçados.

Recomendações

O relatório recomenda o desenvolvimento de políticas climáticas centradas nas crianças, como o fortalecimento da atenção primária à saúde e melhorias nos sistemas de saneamento básico e oferta de água potável, além do incentivo à segurança alimentar e nutricional.

Pergunta

Qual será o legado que vamos deixar para as próximas gerações?

Educação e arte

Foto: Rafael Grün/divulgação

Bela iniciativa da istração de Lajeado oportunizar aos estudantes assistirem à peça teatral “Guardiões da Árvore Sagrada”, no teatro Univates. O espetáculo integrou a programação da Semana do Meio Ambiente e contou com a participação de 1,4 mil alunos. A fábula pretende servir como uma janela para o futuro, por onde é possível contemplar os efeitos das ações humanas no presente, revelando as consequências irreversíveis no meio ambiente.

UniSustentável

A Univates integrou-se à Rede Brasileira de Instituições de Ensino Superior para o Desenvolvimento Sustentável (UniSustentável). A rede conta com 31 membros de diferentes regiões do País, os quais promovem troca de boas práticas e articulam projetos em conjunto em prol da responsabilidade socioambiental. Do estado gaúcho, além da Univates, três instituições participam da Rede: a Universidade Federal de Santa Maria, a Universidade Federal do Rio Grande e o Instituto Federal Farroupilha.

Lazer e sustentabilidade

No próximo domingo, 15, ocorre o Gramado Cultural, promovido pelo Núcleo de Cultura da Univates. A programação, das 15h às 19h, no gramado do Centro Cultural da instituição contará com ponto de descarte de resíduos como eletrônicos (incluindo pilhas e baterias), lâmpadas queimadas, garrafas e/ou embalagens de vidro, óleo de cozinha usado e medicamentos vencidos. Ainda terá atrações culturais, food trucks e chimarródromo. Contatos pelo telefone (51) 3714-7000, ramal 5946, ou pelo e-mail [email protected].

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