Câmara pede mais tempo para analisar redução no aluguel social

ARROIO DO MEIO

Câmara pede mais tempo para analisar redução no aluguel social

Projeto propõe novo modelo com ree base de R$ 400. Matéria tramita desde 21 de maio

Câmara pede mais tempo para analisar redução no aluguel social
Foto: Gabriel Santos
Arroio do Meio

O projeto de lei que prevê mudanças no programa de aluguel social em Arroio do Meio segue em análise na Câmara de Vereadores. Previsto para votação na última sessão legislativa, o texto teve o trâmite adiado após pedido de vistas do vereador Mariano José Weizenmann (PP). A proposta reduz o valor base do benefício e altera os critérios de cálculo.

Segundo Weizenmann, é necessário detalhar a proposta antes da deliberação. “Há famílias que ainda não têm onde morar. Precisamos garantir que nenhuma delas fique desamparada”, afirmou. O parlamentar também sugeriu a realização de um “pente fino” para verificar o uso dos recursos públicos e solicitou informações sobre os números do programa, valores aplicados e o perfil dos beneficiários.

Weizenmann destacou ainda que recebeu um relatório preocupante sobre a situação fiscal do município. Segundo ele, Arroio do Meio teve uma despesa mensal de R$ 16 milhões frente a uma receita de R$ 14 milhões, o que, segundo o vereador, exige cautela nas decisões que envolvem gastos sociais.

O novo modelo

O principal ponto do projeto é a unificação do valor base do benefício em R$ 400, com acréscimos de até R$ 250 para famílias com idosos acima de 60 anos ou crianças menores de 16 anos. Atualmente, famílias proprietárias de imóveis afetados recebem R$ 800 mensais, enquanto aquelas que apenas residiam nos locais atingidos recebem R$ 400.

Caso aprovado, o novo modelo a a valer já a partir de junho de 2025, com vigência inicial de 12 meses e possibilidade de prorrogação por mais um ano. O auxílio continuará sendo destinado exclusivamente ao pagamento de aluguel, com vedação para contratos entre parentes de primeiro e segundo grau. Além disso, se o valor real do aluguel for inferior ao estipulado, o ree será ajustado ao montante do contrato.

Atualmente, cerca de 250 famílias são contempladas pelo benefício.

O que diz o prefeito

Na justificativa enviada à Câmara, o prefeito Sidnei Eckert defendeu a readequação do programa. Ele alegou que, diante da ausência de rees estaduais e federais, a manutenção dos atuais valores sobrecarrega os cofres municipais.

“O programa precisa ser ajustado à nova realidade. Muitos beneficiários já conseguiram se reorganizar, e o foco agora deve ser nas famílias que permanecem em situação de vulnerabilidade”, argumentou.

O que prevê o projeto

R$ 650 por mês, durante 12 meses, para famílias com idosos ou crianças menores de 16 anos;
R$ 400 por mês, durante 12 meses, para famílias sem integrantes nesses grupos;

Como é

R$ 800 mensais, para as famílias que são proprietárias e moradoras dos imóveis afetados pelas inundações e alagamentos;
R$ 400 mensais, para as famílias moradoras, mas não proprietárias, dos imóveis afetados pelas inundações e alagamentos;

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