Polícia Civil cobra retratação de Ana da Apama

APÓS CRÍTICAS DA VEREADORA

Polícia Civil cobra retratação de Ana da Apama

Revolta dos agentes ocorre após publicação em redes sociais em que a presidente do Legislativo critica ação policial que acarretou em morte de cachorro

Polícia Civil cobra retratação de Ana da Apama
Foto: reprodução
Lajeado

Há um conflito estabelecido entre a Polícia Civil (PC) e a presidente da câmara de Lajeado, Ana da Apama (PP). A vereadora questiona a atuação dos policiais durante operação que culminou na morte de um cachorro, no bairro Floresta. Dois representantes da instituição foram autorizados a se manifestar na reunião das comissões desta segunda-feira, 9 e exigiram uma retratação pela vereadora.

Em publicação feita no final de maio nas redes sociais, Ana pediu explicações sobre a conduta dos agentes. “Qual polícia matou o cachorro sem necessidade, Militar ou Civil? Eram 16 homens e a pessoa pediu para esperar e prender o cachorro, tem testemunha…”, postou. Em meio aos centenas de comentários, posicionamentos fortes contra os policiais, alguns com incitação a violência, o que desencadeou a revolta dos agentes. A vereadora alega ainda que uma vizinha da residência alvo da operação sente-se ameaçada após relatar a situação para a líder da câmara.

O titular da Delegacia de Repressão as Ações Criminosas Organizadas, Draco, Juliano Stobbe, confirmou ser o autor dos disparos que provocaram a morte do animal da raça Pitbull. No plenário, foi apresentado vídeo da ação em combate ao tráfico de drogas. “Uma pessoa que veicula como verdadeiros fatos ditos por indivíduos que ela sequer conhece. Irresponsável! O Legislativo de Lajeado corre risco com a senhora como presidente”, declarou.

A delegada regional Schana Luft Hartz leu parte do diálogo por Whatsapp que teve com Ana após e apresentou comentários considerados ofensivos. “Ataques a honra da instituição eu não vou permitir. Temos o aval do comando da polícia civil e queremos uma retratação nas mesmas mídias das publicações ou tomaremos medidas cabíveis no âmbito judicial”, afirmou.

Não houve manifestações pelos demais vereadores em avaliação ao caso. Paula Thomas (PSDB), que conduz a reunião das comissões, explicou os motivos de ter aberto espaço para os delegados fazerem sua defesa. Além dos dois agentes que se manifestaram, ao menos outros cinco delegados e demais agentes da polícia civil estavam no plenário.

Foto: Henrique Pedersini

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