A educação amplia possibilidades e lapida dons. Há sete décadas, Rubem Cima ingressava no CEAT para estudar Contabilidade. Hoje, aos 88 anos, o funcionário público aposentado, enxerga na educação o pilar de transformação da sua trajetória. “O curso de Contabilidade era muito concorrido, um dos únicos, atraía alunos de muitas cidades”, conta Rubem.
Não faltava união e vontade de aprender. Lajeado era menor, interiorana, não dispunha de recursos e infraestrutura. Em uma época de energia elétrica instável, faltou luz na cidade, ele e colegas fizeram uma vaquinha para comprar o lampião da aula. A ferramenta auxiliou nas aulas durante três semanas, sem interromperem os estudos.
O colégio acompanhou a evolução de Lajeado. Na escola, sempre valeram a disciplina, a ordem e o respeito, valores que levou para a vida. ados os desafios típicos da década, Rubem formou família e matriculou os filhos na mesma escola. “O colégio tinha fama de excelente escola. O estudo foi o melhor investimento que realizei”, salienta.
Aulas auxiliaram habilidades médicas
A dermatologista Cláudia Cima aperfeiçoou a motricidade fina das mãos nas aulas de bordados. Desconhecia que a habilidade seria necessária aos procedimentos que realiza hoje.
O colégio mantinha aulas de técnicas domésticas, momento para costurar e cerzir bordados em lanternas para festas de São João do CEAT. Atividade manuais importantes na época. .“As aulas de técnicas domésticas serviram para minha habilidade”, salienta.
Hoje, aprimorou a capacidade de realizar movimentos precisos para fazer remoção de lesões e aplicações de medicamentos na pele de pacientes. Cláudia ingressou no CEAT aos cinco anos e ou a infância e adolescência. O pai a levava, com os irmãos, e as aulas variadas a mantinham motivada. “Iniciei o estudo de alemão na segunda série”, informa. Aprendeu a tocar flauta e conheceu estudantes de outras escolas nas viagens do conjunto instrumental. Na escola, aprendeu que a educação aperfeiçoa a liderança. A oratória era instigada nas apresentações em aula.
Quando chegou a vez de decidir a escola do filho, Afonso, matriculou no mesmo colégio em que viveu a infância. “Escola qualificada faz a diferença no futuro dos filhos.”
Aluno com pensamento autônomo contribui para a sociedade. “Não tem como pensar uma vida correta sem educação sólida e isso pera por várias áreas”, afirma.
Violino como instrumento de aprendizado
Natália Cima é professora de violino no CEAT há 21 anos. Sua relação com o colégio iniciou aos 4 anos no jardim de infância. Ainda criança, aprendeu a tocar flauta na escola e com o tempo, fortaleceu a paixão pela música. Mais tarde, aprimorou o talento para o violino, instrumento que jamais parou de tocar na escola e fora dela. “Minha vida está atrelada ao CEAT.”
Buscou cursos, fez especializações em áreas musicais e, no terceiro ano, começou a orientar alunos em outra instituição e no ano seguinte iniciou com aulas optativas de violino para os alunos do colégio. “É muito bacana ter continuado a minha história da música como professora no meu colégio”, ressalta.
A escola floresceu o dom, motivou a carreira e consolidou a habilidade, que agora transmite às novas gerações. Uma educação forte gera oportunidade de múltiplas aprendizagens. “O colégio despertou meus dons, ao permitir que pudesse escolher minhas habilidades. Essa escolha preara para a vida e para o mundo”, salienta Natália.
Na escola da mãe, os dois filhos de Natália, Henrique Cima Schneider, de 4 anos, e Rafael Cima Schneider, de 1 ano e 7 meses, refazem a trajetória. Um futuro inteiro pela frente.
Idioma impulsiona carreira
O diferencial de Afonso Cima Bergesch, filho de Cláudia Cima, foi a capacidade de aprender inglês e alemão com facilidade. O talento o levou à faculdade na Alemanha e ao mestrado na Holanda. Hoje, reside em Konztanz, onde trabalha para uma indústria farmacêutica, em uma rede internacional de laboratórios. Afonso é analista químico e o apreço pela música, vem de família. O piano é seu instrumento predileto.
O interesse foi despertado na infância. Afonso ingressou aos 2 anos no jardim de infância e aos 9, começou a estudar línguas. Foi quando entendeu que havia outros países e a chance de conhecê-los o levou compreender alemão e inglês.
Conquistou certificados em línguas no Ensino Médio e também um intercâmbio para Freiburg, na Alemanha. “Sei que, se não tivesse aprendido na escola, não teria tido esta chance.” A educação possibilitou a oportunidade das viagens de estudos e abriu o leque para seu futuro. “O estudo de línguas foi a parte mais importante da minha história”, reconhece.