Ao analisar os dois bairros temas deste caderno, é possível ver algumas semelhanças entre o Conservas e o Jardim do Cedro. No entanto, prevalecem as diferentes realidades que cada comunidade vive, e a forma como os líderes comunitários precisam lidar com os problemas do dia a dia. Alguns mais complexos, outros nem tanto.
No Conservas, o desafio pós-enchente permanece, um ano depois da catástrofe climática de maio. Há muitos pontos ainda necessitando de atenção do Poder Público. Além disso, há marcas evidentes do abandono das casas inabitadas. A sensação de insegurança nessas regiões também
é alta.
No segundo, embora existam reclamações pontuais, o momento é bem diferente. Com população em plena expansão, o Jardim do Cedro está entre os bairros mais procurados para moradores e também por investidores. Antes estritamente residencial, agora vê uma mudança de fotografia, com
comércios e empresas de diferentes portes se instalando.
Embora vizinhos, os dois bairros parecem um tanto distantes no contexto atual. Não chega a ser um problema hoje, mas, a partir do momento em que os esforços se direcionem para apenas um deles, pode-se criar um gargalo a médio e longo prazo. E isso é danoso para o desenvolvimento ordenado e igualitário de Lajeado.
Origem e orgulho
A reinauguração do Centro Nora Oderich, o popular Lar da Menina, trouxe um misto de emoções. O primeiro dele, a nostalgia. Afinal, o prédio ocupado por alunos atendidos pela nossa querida Slan é uma construção quase centenária, pertencente à família Oderich. Inclusive, um dos filhos da mulher que dá nome à unidade – Francisco –, participou da solenidade.
E o segundo é o orgulho. Afinal, trata-se de um trabalho essencial em um das regiões mais vulneráveis da cidade. Ali, crianças e adolescentes podem ficar o dia todo e desfrutar de uma estrutura bem equipada, com ótimos profissionais e, acima de tudo, seres humanos da melhor qualidade.
Mais pavimentações
O Jardim do Cedro se destaca em diversos aspectos. Um deles é a ex-tensão. É um dos maiores da cidade, e isso, por óbvio, potencializa al-guns gargalos em infraestrutura. São várias as ruas que necessitam de pavimentação, sobretudo as mais afastadas das vias principais. O governo alega ter ciência das demandas dos moradores e garante só existir uma solução: a pavimentação comunitária. Muitos (ou a maioria) não
querem dividir a conta com o município. Algo compreensível. Mas com essa resistência, fica difícil avançar em melhorias ou cobrar providências imediatas do Poder Público.
Programa-se
1º de junho – 3ª Rústica do Meio Ambiente
Largada: Entrada do Parque doEngenho, no bairro Americano
8 de junho – Canil de Portas Abertas
Local: Canil Municipal, no bairro Conventos
7 e 8 de junho – Campeonato Gaúcho de Eisstocksport
Local: Canchas do Parque do Imigrante
15 de junho – Gramado Cultural
Local: Centro Cultural Univates
26 de junho – Convenção CDL Lajeado
Local: Clube Tiro e Caça
Das Ruas
- O governo anunciou nesta semana as vias consideradas prioritárias para investimentos nos próximos meses e anos. São ruas e avenidas que devem receber obras de alargamento, abertura e recapeamento. E, claro, pipocaram reclamações de moradores, vizinhos ou usuários de trechos “não contemplados”. Afinal, é difícil agradar a todos;
- De todo modo, o município só vai avançar nessas obras com recursos estaduais ou federais. A prefeita Gláucia Schumacher argumenta que o orçamento está comprometido com a reconstrução pós-cheia de 2024 e o auxílio às famílias desabrigadas pelas enchentes. Diante disso, é possível que os projetos demorem para sair do papel;
- O que fazer com o local onde existia a Ponte do Exército? Para os governos de Lajeado e Arroio do Meio, está muito claro: construir uma agem definitiva entre as cidades. Um investimento que seria muito bem-vindo, até para servir como alternativa à ERS-130 e à Ponte de Ferro. Mas vai exigir verba do Estado. E também das próprias prefeituras;
- Está para sair do papel a obra do novo posto de saúde do bairro São Cristóvão. Trata-se de um dos equipamentos públicos mais esperados pela comunidade. Uma unidade que tende a servir de modelo para futuras construções, afinal, o crescimento da cidade exige UBSs bem estruturadas e com capacidade suficiente para dar conta da alta demanda nos bairros;
- A situação do lixo em Lajeado parece ter normalizado. Mas ainda há situações pontuais de acúmulo de resíduos. E isso é natural. Mas, é bom entender que não basta apenas o município (e a empresa responsável) fazer sua parte. As pessoas também precisam ter uma consciência coletiva maior. Dessa forma, todos saem ganhando.