Pouca gente parece lembrar, mas Lajeado sedia um campus do IFSul. A unidade pode não estar numa das regiões mais valorizadas da cidade – como é o caso da Univates –, mas estamos falando de uma instituição federal de ensino. Algo que só a nossa cidade dispõe no Vale do Taquari. Isso, por si só, já deveria ser um motivo de orgulho. Vale a comunidade conhecer um pouco mais desse espaço, e saber que, ali, há centenas de pessoas – adolescentes, jovens e adultos – se capacitando e que logo, estarão prontos para o mercado de trabalho. Formados em cursos de excelência, diga-se. Portanto, vamos valorizar mais o IFSul. É bom para a cidade e a região.
O posto, de novo
Em pelo menos duas publicações da primeira fase do projeto “Lajeado – Um novo olhar sobre os Bairros”, o posto de Saúde do Olarias esteve em evidência. Seja para apontar a necessidade de reforma ou melhorias, ou para a construção de uma nova unidade. Afinal, são cinco bairros atendidos. E nem todas as comunidades se sentem plenamente atendidas por este posto. No debate, voltou a aparecer como uma das principais demandas. Quem sabe, tenhamos uma solução nesta nova gestão.

Crédito: Mateus Souza
Divididos por uma rodovia
Os mais jovens talvez não saibam, mas no ado, quando não existiam a BR-386 e a ERS-130, os bairros ao norte de Lajeado eram todos “colados’. No caso do Santo André, ainda fazia parte do território do antigo bairro Pirahy, hoje São Cristóvão. A rodovia estadual acabou por “afastar” essas comunidades. A única ligação direta por terra se dá por um túnel (foto), ado pela rua São Paulo, que a por debaixo da estrada. Mas são poucas as pessoas que utilizam esse trajeto hoje em dia.
Orgulho do bairro
Ampliada há dois anos, a EMEF Campestre se tornou referência entre as escolas municipais de Lajeado. De um prédio pequeno, virou uma das maiores unidades em área construída e, mais do que isso, um modelo a ser seguido, com um bom aproveitamento dos espaços e capacidade adequada à demanda local. Não à toa, a obra é elogiada mesmo por opositores. Não apenas pela importância, mas também pela qualidade dos equipamentos e do ensino. Um orgulho para o bairro.
DAS RUAS
– A formação de núcleos comunitários nos bairros, por parte da Defesa Civil, é um acerto do município. Criar lideranças que saibam como agir e orientar em casos de enchentes se faz necessário. Mas é importante que essas pessoas tenham, além do preparo necessário, condições para atuar. Ganhem autonomia. E isso também é papel do Poder Público;
– Já o Plano de Contingência do município para eventuais desastres naturais segue em atualização. Secretários são consultados pela Defesa Civil para apresentarem o trabalho de suas pastas, o que funcionou bem em maio de 2024 e o que precisa melhorar. A expectativa é que o novo documento seja apresentado no segundo semestre;
– Os mutirões executados pelo governo municipal foram bem recebidos pela comunidade. E faz bem a istração em iniciar o movimento pelos bairros mais periféricos. Também faz parte de uma estratégia do governo, em se aproximar mais de uma região da cidade onde a prefeita não foi bem votada em 2024;
– Por outro lado, a situação do lixo representou a maior dor de cabeça para a gestão municipal nestes primeiros meses de 2025. Talvez a palavra “crise” seja um pouco forte para o momento, mas não faltou muito para que o problema tomasse proporções maiores. O fato é: houve tempo hábil para que um contrato emergencial fosse melhor preparado. Ainda em 2024. Fica de lição;
– Pavimentar a rua Hugo Welter, no bairro Floresta, está entre as prioridades no campo da mobilidade, segundo consta no plano de governo. Mas por enquanto não tem projeto. E os moradores já parecem cientes de que essa conta será repartida com eles. No ado, isso já travou um asfaltamento daquele importante trecho. Só que não parece haver outra saída.