Aumento de sintomas respiratórios  alerta para saúde das crianças

Pessoas e Bem-Estar

Aumento de sintomas respiratórios alerta para saúde das crianças

Especialista alerta para o risco de doenças no inverno e orienta pais sobre imunidade, vacinação e cuidados com os vírus

Aumento de sintomas respiratórios  alerta para saúde das crianças
A febre é um dos sintomas que mais preocupam os pais (Foto: Divulgação)

Com a chegada do outono e a proximidade do inverno, cresce a preocupação de pais e responsáveis com a saúde das crianças. O alerta é, em especial, às infecções respiratórias, que se intensificam nesta época.

“De abril para cá, temos visto um aumento significativo nas infecções respiratórias entre as crianças”, destaca o pediatra João Paulo Weiand. Ele ressalta a importância de debater o assunto com profissionais da área da
saúde, e afirma que há cada vez mais desinformação na internet.

De acordo com o profissional, entre as perguntas mais frequentes dos pais, está como preparar a imunidade das crianças para o inverno. Weiand explica que o sistema imunológico infantil é naturalmente imaturo e vai se fortalecendo com o tempo, a partir de estímulos como a amamentação e a exposição controlada a agentes infecciosos.

“O bebê nasce com anticorpos que a mãe transmite na gestação. Depois, o colostro, que é o primeiro leite, é muito importante para a imunidade. E, claro, à medida que cresce, a criança vai desenvolvendo sua própria proteção”.

O pediatra também destaca o papel da vacinação. “Já nos primeiros dias de vida, o bebê começa a receber
vacinas. A partir dos dois meses, há um calendário intenso que protege contra doenças graves. Isso é essencial, porque a imunidade da criança ainda está em formação”, reforça.

Febre como preocupação

Entre os sintomas que aparecem nas crianças, em geral, no inverno, o pediatra cita a febre como um dos que mais gera angústias nos pais. Segundo ele, compreender que a febre é um sintoma e não uma doença é o primeiro o para lidar com ela de forma mais tranquila e segura.

“Na maioria das vezes, quando a criança apresenta febre, trata-se de um quadro viral, benigno, que pode ser monitorado em casa. Não é necessário correrara o pronto-atendimento na primeira elevação de temperatura”, destaca o médico.

O pediatra orienta que, ao surgirem os primeiros sinais de febre, os pais devem medicar a criança em casa e observar seu comportamento. Se, após o uso da medicação a febre ceder e a criança voltar a brincar ou apresentar melhora no desconforto, geralmente trata-se de uma infecção viral que evoluirá bem com repouso e cuidados domiciliares.

“Não é o número no termômetro que preocupa, e sim o estado geral da criança. Uma febre de 40 graus pode assustar, mas se a criança responde bem ao medicamento, se hidrata e está ativa, isso é tranquilizador”, destaca o médico.

Ele ainda ressalta: “A febre é um mecanismo de defesa do corpo. É a forma que o organismo encontra
para combater o agente agressor, geralmente um vírus”.

Mão-pé-boca

Outro quadro comum entre as crianças é o da doença mão-pé-boca. A enfermidade é causada por um vírus da
família Coxsackie, e tem como principais características, lesões na pele e mucosas. As mais incômodas costumam ser as que se formam na boca, como pequenas aftas ou úlceras doloridas na entrada da garganta, o que muitas vezes impede a criança de se alimentar.

Além da boca, lesões também podem aparecer nas palmas das mãos, solas dos pés, joelhos, nádegas e, com menos frequência, em outras regiões. Podem surgir como pequenas bolhas, pontos vermelhos ou até úlceras. A febre é outro sintoma comum, podendo variar de ausente a alta.

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